quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BOMBA, BOMBA.....



Itamaraty decide manter candidato que se autodeclarou afrodescendente apesar de polêmica.

OBS: antes que leiam abaixo a  matéria, deixo aqui a minha posição quanto ao candidato. Ele pode sim ser competente e como todos aqueles que querem participar desse concorso do CACD, tem muitissimo medo, pois quem aplica as provas "massacra" os candidatos. Isso é público e notório. Me custa acreditar que de 319 candidatos apenas 19 foram aprovados. Será que não tem rigidez a mais?? Quem aplica a seleção é a UNB e eu já participei de um concurso aplicado pela UNB e graças a muito estudo e DEus, fui aprovada. Mas as provas eram cheias de "casca de banana" como se diz no jargão estudantil.....

Agência Brasil       

Publicação: 11/09/2013 19:27 Atualização:
O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou hoje (11) que manterá inalterada a situação do estudante Mathias de Souza Lima Abramovic, que passou na primeira fase do processo seletivo do Instituto Rio Branco, que forma futuros diplomatas. Abramovic se autodeclarou afrodescendente e foi selecionado na cota destinada ao grupo. O caso foi analisado pela manhã e à tarde houve a resposta oficial do instituto. Na prática, o candidato segue para a segunda etapa do concurso. No total, são quatro fases.


A inclusão de Abramovic na cota foi questionada porque ele aparentemente não tem características afrodescendentes: é aloirado com olhos claros. O Itamaraty informou que é o próprio candidato ao Instituto Rio Branco que se declara afrodescendente e não há uma avaliação técnica nem banca para examinar a veracidade da declaração do estudante. É respeitado o que é declarado no ato da inscrição.

No momento da inscrição para a seleção do Rio Branco, o candidato se declara "afrodescendente". O edital do processo seletivo também não especifica os critérios para concorrer como afrodescendente. A cota é válida apenas para a primeira etapa do concurso, no qual só são classificados para a segunda etapa os 100 candidatos com maiores notas.
 
Na primeira fase, as cotas reservam um adicional de dez vagas para afrodescendentes e duas para deficientes, totalizando 112 vagas. Ao final, apenas 30 candidatos ficarão até a última etapa do concurso. O Itamaraty informou que é a primeira vez que ocorre um caso com o de Abramovic.

O edital é claro ao afirmar que "os candidatos afrodescendentes deverão declarar, no ato da inscrição". Para as pessoas com deficiência, as reservas de vagas vão até a última etapa (são quatro no total), diferentemente dos afrodescendentes, cuja cota só existe na primeira fase. No caso das pessoas com deficiência, o edital prevê perícia médica para comprovação.


Morador do Rio, Mathias ficou com nota final 47.50, quase dois pontos a menos que o último candidato aprovado na livre concorrência. Em seu perfil no Facebook, há uma foto onde ele aparece com uma camisa com os dizeres “100% negro”. Na legenda da imagem, o candidato complementa: “com muito orgulho – feliz happy”. Ele já desativou sua conta na rede social.
Cássio Vinícius Coutinho Silva é negro e colega de estudos de Mathias em um cursinho preparatório no Rio. Segundo Cássio, o companheiro de aulas faltou com a ética no caso, apesar de a leitura literal do texto do edital do concurso dar margem para que ele se declare afrodescendente. Cássio também concorreu pelas cotas, mas ficou foram dos 100 aprovados. Para ele, a banca do processo seletivo deve aprimorar o conceito de afrodescendente e aplicar uma verificação do postulante:
- Somos discriminados pelo que aparentamos ser na rua, e não pelo que somos. Qualquer pode se sentir como um negro, mas no final é a cor da pele que conta. Ele não era alvo do programa, que é para vítimas de preconceito. Se esse incidente for ignorado, pode abrir precendetes para os outros anos - afirmou.
Mathias é médico com CRM ativo. Em 2011, ele também chegou a ser aprovado na primeira fase do concurso, mas à época ainda não havia o benefício das cotas previsto no edital. Segundo Cássio Vinícius, Mathias comentava com colegas que se sentia de fato negro, apesar de uma carteira o identificar como pardo.
O GLOBO entrou em contato com Mathias, mas ele preferiu não dar entrevistas, alegando que ele deveria se concentrar nos estudos neste momento. A reportagem também acionou o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB), responsável por organizar o processo seletivo para o Instituto Rio Branco, mas ainda não obteve resposta.
De acordo com um dos candidatos que também estudou com Mathias e preferiu não se identificar para não sofrer eventuais retaliações no concurso, o caso só enfraquece políticas afirmativas que o Itaramaty tenta empregar na última década. Ele lembrou ainda que, como a afrodescendência é autodeclaratória no processo seletivo, o benefício pode ser utilizado por candidatos de má-fé:
- Esse tipo de postura não apenas causa prejuízos à admissão de candidatos efetivamente afrodescendentes, como, também, pode deslegitimar uma política pública séria e efetiva - afirmou o candidato.

Negros na diplomacia
A questão racial é delicada no Itamaraty. Em julho deste ano, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou ao GLOBO que a instituição é uma das mais discriminatórias do país. O próprio Barbosa prestou o concurso, mas foi reprovado nos exames orais, que segundo ele, davam margem para critérios subjetivos de avaliação e serviam para "eliminar os indesejados".
Este é o segundo processo seletivo do Instituto Rio Branco em que a política de cotas é utilizada. Além delas, o MRE concede bolsas de estudo no valor R$ 25.000,00 para que candidatos afrodescendentes possam prestar o concurso. Diferentemente da política de cotas, nesse caso o ministério faz entrevistas orais prévias com os candidatos à bolsa, onde pode ser verificado se o postulante de fato se enquadra nos critérios da afrodescendência. Lançado em 2002, o programa já concedeu 526 bolsas para 319 pessoas. Desses, 19 foram aprovados.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/candidato-de-pele-branca-aprovado-por-cotas-raciais-na-1-fase-do-itamaraty-9908199#ixzz2efz3VnG1
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OBS: Solicito autorização para publicar no meu blog...... não pedi junto a matéria porque encerraram  os comentários.

Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/candidato-de-pele-branca-aprovado-por-cotas-raciais-na-1-fase-do-itamaraty-9908199.

Um comentário:

Liliane de Paula disse...

Nem li sobre esse assunto. Mas, aqui, nesse país de merdaaaaaaa, dizer que é negro ou dizer que é pobre abre "mili" portas.
Fui pobre, continuo pobre e eu é que fui a luta para abrir, portas.

Fiz novamente a receita do Bom Bom de chocolate. Aprovadíssimo.

A tosa, custa R$ 36,00.

Vou fazer uma postagem com fotos de outras janelas. Posso colocar fotos das janelas do paraíso nórdico? Lógico que vou dizer o autor.
Beijo

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