http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com da Katia Bonfadini.... nós estamos no Restoran Vanaema Juures at Tallinn que encontramos a indicação no teu blog..... valeu a experiência....
A comida é gostosa.... o lugar é simpático e vale a pena indicar a outras pessoas....
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
VANAEMA JUURES AT TALLINN
http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com da Katia Bonfadini.... nós estamos no Restoran Vanaema Juures at Tallinn que encontramos a indicação no teu blog..... valeu a experiência....
A comida é gostosa.... o lugar é simpático e vale a pena indicar a outras pessoas....
A comida é gostosa.... o lugar é simpático e vale a pena indicar a outras pessoas....
sexta-feira, 29 de abril de 2016
VELHO CHICO
A leitora Magdala Domingues Costa resolveu
desabafar contra a “realidade desvirtuada” que a novela da Rede Globo, ‘Velho
Chico’, faz do povo nordestino. E ela não deixa de ter razão.
O desabafo foi para o blog do Sr. Carlos Britto.
Confiram:
Senhor Carlos Britto,
Sou apenas uma cidadã indignada,
apolítica, medianamente instruída e razoavelmente inteligente, que se insurge
com o desserviço que a Rede Globo presta ao país retratando aspectos tão
medíocres, falsos na novela “Velho Chico”.
Descobri seu blog e venho trazer minha
contribuição em nome das duas nordestinas que trabalham comigo, que me pediram
que reclamasse, neste português: “não somos burras, nossa gente não é assim,
suja, feia”.
O que deveria ser uma ode ao grande rio
genuinamente brasileiro, tornou-se uma narrativa tão cretina que elas estão
furiosas, ofendidas e já se recusaram a acompanhar a novela…pasme!!
Pediram-me que escrevesse para alguém,
protestando, acredite, torno a lhe assegurar.
Tenho 77 anos e prescindo da assistência
delas – uma analfabeta, mas de grande sensibilidade – devido a limitações
impostas pela minha saúde.
Afora minha visão “elitista”, realmente,
não dá para ficar indiferente.
Onde o autor ou diretor de arte, sei lá
que nome tenha, foi encontrar os tipos retratados?
Suas roupas maltrapilhas, sujas e
suarentas, sugerem que os nordestinos daquelas paragens sejam horrorosos e
quase asquerosos. Em pleno século XXI usam telefone celular, possuem uma
“cooperativa” onde guardam arquivos e existem vários computadores. Entretanto
as empregadas domésticas da fazenda parecem escravas alforriadas, à beira de
fogões a lenha e coadores de café pré-históricos.
Como há um viés político que não consegui
ainda entender, imagino-me diante de um quadro surrealista, sem a mínima lógica
ou objetivo razoável.
Viajei muito pelo mundo dito desenvolvido
procurando aprimorar minha instrução, aproveitando todas as oportunidades de
enriquecer-me culturalmente. Nesse aspecto sou uma privilegiada, muito agradeço
a Deus e busco levar a meus irmãos mais humildes um pouquinho de informação.
Na Noruega conversei com um guia
instruidíssimo interessado em saber detalhes da história do Rio São Francisco,
curioso sobre as nossas conhecidas carrancas às quais atribuía semelhança com
as proas dos navios vikings, etc. Tomou mil anotações sobre o que expliquei
como pude. Então o senhor pode imaginar como me sinto com esse achincalhe, no
meu ponto de vista. O “coroné” Saruê – interpretado pelo Antonio Fagundes – de
tão caricato parece um palhaço de circo mambembe. O coitado do padre é tão sujo
e com um chapéu encardido na carapinha desalinhada que ofende a igreja católica
mais “progressista”. E por aí vai.
Não há “liberdade de expressão” que
justifique tanta mediocridade, nem viés político de esquerda que possa ser
levado a sério. Seria interessante que uma produção desse porte, envolvendo
vultosos gastos, contribuísse, além de focalizar os aspectos tristes que bem
conhecemos e renegamos, como a jagunçada e os problemas das terras, fossem
apresentados o que já conquistamos, a produção de frutas etc. Não sei de onde
tiraram aquele “sotaque baiano”. Enfim…
A mim ofende o desrespeito à minha
brasilidade, mas me incomoda sobremaneira a imagem deturpada que transmite
sobre uma região tão bela, rica, de população tão afável e hospitaleira, cujos
milhares de representantes migrantes, construíram, humildemente anônimos, as
grandes metrópoles, como a que habito. Sou apenas um sussurro, mas empresto
essa voz impotente para solicitar a outros mais jovens, como o senhor, que
prezem nosso sentimento pátrio e valorizem nossa cultura e tradições.
Cordialmente
Magdala Domingues Costa/Leitora
Assinar:
Postagens (Atom)